quarta-feira, setembro 30

O nome do filho

A palavra Miscelânea me acompanha desde muito tempo, há mais ou menos uns 20 anos (ai, Meu Deus! Tudo isso!!). A primeira vez que a ouvi, foi em algum texto na aula de literatura brasileira em plena aula de cursinho no Anglo Tamandaré em São Paulo. Desde então temos nos encontrado volte e meia... Como aos 17 anos quando resolvi fazer uma coletânea de Música Popular Brasileira em jurássicas fitas cassetes (lembram?). Aluguei os meus amigos procurando as melhores músicas nos LPs deles. Foi um tropé até conseguirmos a lista perfeita. Somaram ao todo umas 3 ou 4 fitas, e organizada como sou (hehehehehe - quem me conhece vai rir também...) precisava de um título para elas, e adivinhem só qual foi? Tcham, tcham, tcham, tcham...
Miscelânia, claro. E para ficar mais original fui intitulando Miscelânia I, Miscelânia II, Miscelânia III, etc...
Ironias à parte, a verdade é que com o decorrer do tempo, ela estava lá para intitular vários momentos da minha vida. Até quando eu não sabia com clareza os ingredientes desta mistureba.
Acredito que nós mulheres, somos quase sempre miscelânicas (peço aqui uma licença poética...), misturando nossos afazeres, emoções, profissões e maneiras de lidar com cada um que nos rodeia, a cada situação. Somos mãe, amiga, amante, filha, avó, profissional às vezes até pai...
Parece meio confuso e cansativo, e muitas vezes realmente é. 
Atualmente, como não poderia deixar de ser, cá estou eu misturada entre fotografia, mãe, design, esposa, artesanato, cozinheira, literatura... Meio pendendo para cada lado e segurando todas tipo comigo-ninguém-pode! 
Provavelmente terei que fazer escolhas, esquecer uma ou outra. Mas por enquanto, a consciência de termos e sermos esta miscelânea, faz de nós seres únicos...me deixa aliviada e cheia de esperança que a mesmice tem limite. 

3 comentários:

sou toda ouvidos!!!

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